domingo, 3 de junho de 2012

N = R* x Fp x Ne x Fi x Fc x L

Como poderemos estimar o número de civilizações tecnológicamente avançadas que poderão existir entre as estrelas?
Frank Drake concebeu a equação acima descrita para conceber uma aproximação à resposta a esta pergunta. Apresentou-a a 1ª vez em 1961 e identifica factores específicos, que se pensa desempenharem um papel importante no desenvolvimento dessas civilizações. No entanto não existe um resultado único para esta equação, servindo ela própria de ferramenta usada pela comunidade científica para examinar esses factores, que são eles:
N = Número de civilizações na Via Láctea cujas emissões eletromagnéticas possam ser detetadas.
R  = A taxa de formação de estrelas capazes de desenvolver vida inteligente.
fp = A fração dessas estrelas com sistemas planetários.
ne = Número de planetas, por sistema solar, com condições propícias de desenvolver vida.
fl = A fracção dos planetas em a vida se desenvolve.
fi = A fração de planetas nos quais a vida inteligente emerge.
fc = A fração de civilizações que desenvolve tecnologia que emte sinais detetáveis da sua existência para o espaço.
L = O  tempo esperado de vida dessa civilização.
Drake forneceu valores baseados nas suas pesquisas:
R* - estimado em 7/ano
fp – estimado em 0,5
ne – estimado em 2
fl – estimado em 0,33
fi – estimado em 0,01
fc – estimado em 0,01
L – estimado como sendo 10 000 anos
Segundo os dados de Drake, temos uma estimativa que resulta:
N = 7 × 0,5 × 2 × 0.33 × 0,01 × 0,01 × 10 000 = 2,31
Isto quer dizer que na nossa galáxia (Via Láctea), haverá uma probabilidade de captarmos sinais inteligíveis de pelo menos 2,31 civilizações estraterrestres.
A equação de Drake é uma ferramenta simples e efetiva para estimular a curiosidade intelectual sobre o universo em nosso redor.
Considerando que a nossa civilização emite sinais eletromagnéticos há relativamente pouco tempo, desde as primeiras décadas do séc. XX, poderá ser ainda prematuro pensar que os nossos sinais estarão a ser recebidos por alguma civilização extraterrestre, mercê das enormes distâncias que distam as estrelas.